Dia do Geógrafo: algumas reflexões!
Todo dia 29 de maio, é
o dia do Geógrafo, primeiramente parabenizo a todos por esta data.
Como profissionais da
geografia, vivemos um paradoxo. Os temas discutidos pela nossa ciência
estão cada vez mais em voga no mundo moderno, por outro lado, não ocupamos o
espaço acadêmico que estes debates nos trazem.
As problemáticas estão ganharam
caráter popular, e são discutidas internacionalmente. A RIO+20 é o principal
exemplo.
A questão ambiental
como tsunami na Ásia, deslizamentos de terra em Teresopólis, terremoto no Japão
são exemplos de dimensão internacional de temas abordados por nós. Aqui no
Brasil, o Código Florestal para não virar um "frankstein" deveria ser
discutido por nós e pela sociedade. Isto tudo sem abordarmos a Conferência RIO+20.
Somos um dos mais
habilitados para produzirmos um amplo debate sobre a questão urbana. Os
engarrafamentos cotidianos e luta por moradia estão no gene acadêmico da nossa
ciência. A construção de Planejamentos Urbanos democráticos e participativos é
um dos nossos objetivos.
A contradição agrária é
algo refletido amplamente por nós, inclusive alimentamos a sociedade de dados e
informações. Somos mais geógrafos quando nos aliamos a todos que lutam por
dia melhores no campo.
Temos autoridade para
analisar as contradições do mundo contemporâneo. A redemocratização do mundo
árabe e os conflitos no Oriente, não são negados por ninguém, que são elementos
a serem analisados pela nossa ciência. A questão petrolífera, os tratados
internacionais e as questões étnico-culturais deveriam pautam o cotidiano de
nossas reflexões.
O mundo se globaliza
enquanto infelizmente a geografia se interioriza. Os temas internos da nossa
disciplina não podem ser tratados de forma burocrática e muito menos ficar
preso aos meios acadêmicos. Precisam ganhar todos os lugares da vida social, as
ruas, os bares, a internet; o ciberespaço, entre outros.
Não seremos melhores
geógrafos senão lutarmos por um mundo melhor para todos os seres humanos. O
questionamento das mazelas sociais do mundo contemporâneo é uma premissa básica
para uma intervenção diferenciada.
A omissão em relação a
discussão do Código florestal (que diminui a área de verde) e não combate as
grandes empresas que poluem o meio ambiente é questão elementar para no debate
ambiental sermos considerarmos geógrafos críticos e responsáveis.
Somos nós que temos a
responsabilidade de denunciar academicamente, quanto de forma docente (pois
também somos professores) a concentração de terra no campo, a especulação
imobiliária nas cidades e todas as outras problemáticas aqui apresentadas. É
uma opção ideológica e que também se torna cientifica.
É preciso atuarmos de
maneira critica, para que os próximos nos anos quando viermos a comemorar nosso
dia profissional, a alegria reflexiva não seja apenas para os geógrafos, mas para
toda a sociedade.
Saudações Geográficas,
Parabéns pelo seu nosso
dia!
Prof. Josemar