A EDUCAÇÃO DE SÃO GONÇALO VAI DE MAL A PIOR!
Em São Gonçalo, um professor tem um dos piores pisos iniciais do Estado e o funcionário ganha menos que um salário mínimo.
O último IDEB (Índice da
Educação Básica) realizado pelo MEC (Ministério da Educação) revelou que o
Estado do Rio de Janeiro está em penúltimo lugar em relação ao quesito
educação.
Comparando com as demais cidades
do Estado, o município de São Gonçalo está abaixo da média. Mostrando a
ineficiência e o desrespeito do poder público municipal com a qualidade do
ensino.
No quesito salário dos
profissionais, nossa cidade está entre as cinco piores do Estado.
Aqui em São Gonçalo, o piso
do professor é R$ 643,18 e do funcionário é de R$ 289,64. Um absurdo que revela
que a Prefeitura não respeita a responsabilidade social que têm esses
profissionais.
Estudos do DIEESE apontam que
as perdas salariais chegam a 25%! Já os estudos do
Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) revelam que a
Prefeitura tem uma margem de 19 milhões para reajustar os salários.
Cremos que é necessário
reajustar os salários e corrigir a distorção dos funcionários administrativos
que têm o piso abaixo do salário mínimo.
Todo apoio à luta dos profissionais da educação!
Ato em frente a Prefeitura Foto: Profª Monica Costa |
Desde
o final de abril, os profissionais da educação entraram em greve. Reivindicando
além do aumento salarial, os profissionais lutam também por melhoria nas
condições de trabalho.
Entre as pautas estão: as
eleições para diretores das unidades escolares; a convocação dos profissionais
aprovados em concurso; o fim do clientelismo na contratação de funcionários, o
cumprimento da lei de 1/3 da carga horária do magistério para planejamento e o
cumprimento do Plano de Carreira Unificado. Reivindicações que temos acordo.
A eleição para diretores de
escolas é uma pauta histórica dos profissionais da educação organizados no SEPE
(Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação). Não se constrói democracia
sem participação dos setores da comunidade escolar - pais, alunos, professores,
funcionários. Acreditamos nisto como um princípio na defesa de uma escola democrática
e que vise formar cidadãos críticos.
A luta contra a terceirização
também é uma das bandeiras do movimento. Defendemos que os cargos públicos de
professor e funcionários administrativos devem ser ocupados por profissionais
concursados. Não aceitamos que a educação seja moeda de troca nas relações
clientelistas entre a Câmara de Vereadores e a Prefeitura.
A categoria vota pela manutenção da greve |
Fruto de anos de luta, a rede
pública municipal de São Gonçalo tem um dos melhores Planos de Carreira do
Estado, pois valoriza o profissional por tempo de serviço e pela formação. Este
Plano de Carreira foi uma conquista da greve de 2002.
Mas devido ao congelamento do
Plano, aos baixos salários e o descumprimento de sua progressividade, temos os
profissionais de educação a receberem os piores salários.
Por todos estes fatores, nós do PSOL apoiamos as reivindicações
dos profissionais de educação, em defesa de escola pública que queremos que
seja democrática, gratuita e de qualidade.
Apoio a luta dos profissionais de educação se faz na prática! |
1 Comentário:
Infelizmente é uma vergonha a Educação ser tão desvalorizada num município onde a prefeita já foi uma educadora !
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